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Autor fez do teatro e da televisão fóruns  para debate político e popular  

Dias Gomes (1922-1999) se considerava essencialmente um homem de teatro. Um dos mais consagrados dramaturgos do país, fez também rádio, televisão, cinema e literatura. Sua obra colocou em cena a realidade brasileira: personagens típicos, traços regionais, costumes populares e questões sociais intrínsecas aos agrados e às mazelas do povo.  

Natural de Salvador (BA), mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança. Escreveu sua primeira peça aos 15 anos e, a partir de então, não parou mais: criou obras como O pagador de promessas (1959), O bem-amado (1962), O Santo Inquérito (1964) e Roque Santeiro (1985) e deu asas a personagens como Zé do Burro, Odorico Paraguaçu, Branca Dias, Viúva Porcina e tantos outros que estão vivos na memória do público.  

O programa Ocupação Itaú Cultural homenageia artistas e intelectuais brasileiros, estimulando o diálogo com novas gerações por meio do espaço expositivo e de ações on-line, como o site www.itaucultural.org.br/ocupacao.  
Nesta 57ª edição, no ano do centenário de Dias Gomes, celebra-se um autor que, sobretudo, tinha uma visão crítica — para alguns, subversiva. Fez do teatro e da televisão lugares para debater o político e o popular, a crença e o fantástico, o herói trágico e o humano.

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